O Ano da Vida Consagrada foi decretado pelo Papa Francisco para o período entre 30 de novembro de 2014, 1.º domingo do Advento, e 2 de fevereiro de 2016, Dia Mundial do Consagrado. Para uma melhor vivência desta proposta na diocese de Leiria-Fátima, o Bispo diocesano, D. António Marto, acaba de publicar a Nota Pastoral “Profetas e semeadores de esperança”.
Com o tema “A Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia, Esperança”, pretende-se que este ano ajude a “dar a conhecer melhor esta vocação específica e as variadas formas em que se realiza, iluminar as suas diversas dimensões, descobrir a sua beleza e realçar a sua importância e necessidade para a vida da Igreja e do mundo”.
É nesse sentido que D. António Marto publica a sua Nota Pastoral, já disponível neste portal, e que será publicada na íntegra na próxima edição do jornal Presente Leiria-Fátima (27.11.2014).
Também a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu, a 13 de novembro, uma Nota Pastoral para este ano, com o título “Chamados a levar a todos o abraço de Deus“. Na mesma ocasião a CEP publicou um esquema de Oração dos Fiéis para a Missa do 1.º domingo do Advento e sugestões de preces a incluir nos restantes dias do ano.
A partir dos últimos dados divulgados no início do ano, existem, no nosso país 138 institutos diferentes de vida apostólica, 796 comunidades, 6.117 membros e 419 jovens em formação. Estão presentes em diferentes áreas, como a evangelização, missão, em Portugal e no estrangeiro, ou nos campos da educação, saúde e área social. Em Leiria-Fátima, seguindo o anuário diocesano, existem 79 comunidades religiosas, quatro seculares, três sociedades de vida apostólica e duas associações de fiéis com vida comunitária, com um total de 721 membros e 45 jovens em formação.
A abertura do Ano da Vida Consagrada na Diocese está agendada para o dia 6 de dezembro, às 15h00, na Capela da Morte de Jesus, no Santuário de Fátima, numa Missa presidida por D. António Marto.
Congregações da Diocese felizes com anúncio da visita pastoral
Na Diocese, estão previstas atividades de oração, formação e convívio a realizar ao longo do ano dedicado à vida consagrada.
Em declarações ao PRESENTE, o padre Eugénio Butti, missionário da Consolata e presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) na diocese de Leiria-Fátima, espera que o Ano da Vida Consagrada permita aprofundar nos consagrados “a consciência da sua própria vocação”.
Ainda antes de se iniciar o Ano da Vida Consagrada, os Institutos Religiosos da Diocese estiveram reunidos, no passado dia 30 de outubro, para uma tarde de reflexão e oração sob o tema “A presença da vida consagrada na Igreja local”. Segundo aquele responsável, o encontro permitiu uma maior consciência da participação dos religiosos consagrados na Diocese: “Temos algo a oferecer à Igreja local, pelos nossos carismas e o encontro deixou bons sinais desta entrega.” No final do encontro, foi anunciada a visita pastoral que D. António Marto fará às comunidades religiosas, no decorrer do próximo ano. “Ficámos muito felizes com a notícia. É um momento eclesial de particular importância, pois é o pastor que vem conhecer-nos de perto” afirmou o responsável da CIRP.
Para este ano, a CIRP dará “um enfoque especial” às atividades que já dinamiza, sobretudo aos encontros mensais de oração. No plano de atividades para 2014-2015, estão previstas vigílias de adoração vocacional, Vias-Sacras, Retiros e momentos de convívio. Destaque ainda para a participação nas Jornadas Nacionais da Vida Religiosa, de 14 a 17 de fevereiro, encontro que reunirá religiosos de todo o país em Fátima.
Questionado sobre os desafios vividos pelos Consagrados na Diocese, o padre Eugénio Butti falou sobre a necessidade “fazer crescer a comunhão entre as congregações”. “É preciso irmos além do carisma próprio, vivido por cada congregação, e abrirmo-nos aos outros e à vida diocesana, porque antes de pertencermos a uma congregação, fazemos parte da Igreja.”
Apelo aos diocesanos
Do padre Eugénio Butti, presidente da CIRP
“Eu acredito que a Igreja precisa da presença dos consagrados. Destes homens e mulheres que fazem de Deus o único ideal da sua vida. Neste sentido, gostaria que os diocesanos olhassem para os religiosos e consagrados e nos tivessem presentes na sua oração, para que, fiéis à nossa vocação, possamos oferecer um testemunho da primazia de Deus na nossa vida e de uma vida comunitária.
Deixo também um convite aos jovens para que sejam generosos a acolher o chamamento de Deus. Se Deus os chamar a pertencer-Lhe totalmente, não tenham medo, porque vale a pena.”