O Papa Francisco publicou a 26 de Novembro a exortação apostólica, ‘Evangelii Gaudium’ (a alegria do Evangelho).
No documento, o Papa apela à conversão constante da Igreja: “Espero que todas as comunidades se esforcem por implementar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão.”
Convertida, a Igreja saberá tornar-se missionária, uma Igreja “em saída”, atenta às “periferias”, bem como a “novos âmbitos socioculturais”.
A exortação apostólica refere-se ainda a uma “conversão do papado” e questiona uma “centralização excessiva” que complica a vida da Igreja e a sua dinâmica missionária.
O Papa repete o desejo de “uma Igreja pobre”, “ferida e suja” após sair à rua, porque “uma fé autêntica – que nunca é cómoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores”.
A exortação sublinha também a necessidade de fazer crescer a responsabilidade dos leigos, mantidos “à margem nas decisões” por um “excessivo clericalismo”, bem como a de “ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva”.
O Papa denuncia o atual sistema económico, preso a um “mercado divinizado”, e lamenta os “ataques à liberdade religiosa”, em particular os casos de perseguição aos cristãos
Francisco deixa claro que a Igreja não vai mudar a sua posição na defesa da vida e pede ajuda para as vítimas de tráfico e de novas formas de escravidão.
“O entusiasmo na evangelização funda-se nesta convicção: temos à disposição um tesouro de vida e de amor que não pode enganar, a mensagem que não pode manipular nem desiludir”, escreve o Papa.
[ Texto adaptado a partir da notícia de OC | Agência Ecclesia]