A arquidiocese de Barcelona inaugurou esta quinta-feira a Faculdade Antoni Gaudí de História da Igreja, Arqueologia e Artes Cristãs, depois de em julho o Vaticano ter concedido a devida autorização.
A importância do diálogo entre fé e cultura está na origem da nova instituição promovida pelo cardeal Lluís Martínez Sistach, arcebispo da arquidiocese catalã, que pretende ver na faculdade uma plataforma para o anúncio do Evangelho.
«Há uma urgência intelectual que passa pelo fortalecimento do diálogo entre a teologia e filosofia cristãs com a literatura e as artes», declarou o prelado, citado pela página arquidiocesana.
O cardeal considera também que é necessária uma interpretação da história baseada nas contribuições de pessoas, culturas e povos a partir de uma perspetiva que tenha em conta o cristianismo.
«O estudo específico da história da Igreja num âmbito e nível universitário pode prestar um serviço muito útil e valioso, realçando as raízes cristãs do nosso continente», sublinhou Sistach.
A nova faculdade é a primeira a receber a aprovação da Santa Sé para disponibilizar cursos em arqueologia, depois das instituições eclesiásticas de Roma e Jerusalém, e será a única a combinar aquela disciplina com a de história da Igreja e arte cristã.
A instituição, que começa a funcionar com aquelas três áreas curriculares já a partir deste ano letivo, vai utilizar as estruturas do Seminário Conciliar de Barcelona, da Faculdade de Teologia e Filosofia, a Biblioteca Pública e Episcopal do Seminário de Barcelona e, ainda, a Biblioteca Balsemiana.
O plano de estudos, aberto a alunos de todo o mundo, inspira-se no da Faculdade de História Eclesiástica da Pontifícia Universidade Gregoriana e no do Pontifício Instituto de Arqueologia Crista, centros de estudos com sede em Roma.
O arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926), de que decorre o processo com vista à beatificação, é conhecido por várias obras emblemáticas de carácter civil e religioso em Barcelona, destacando-se entre todas a basílica da Sagrada Família, em construção há mais de 130 anos.
Fonte: Rui Jorge Martins | SNPC